Sou um viajante. Ainda assim, não sou daqueles que exalta os poderes de viajar. Acredito que a melhor viagem é a interna, claro, ciente que visitar outras paisagens desperte a mente e ideias.
Sair da zona de conforto da sua casa.
Ser um passageiro é um dos momentos aonde nos deparmos a conviver com estranhos num pequeno espaço. E isso não é fácil.
Como ensinar a alguém a ter educação num ambiente restrito? Imaginem que temos problemas em cidades, num espaço bem maior. Num avião ou ônibus os vicíos de conduta se agravam.
Primeiro o hábito de falar alto. Depois o de escutar música em fones de ouvido no volume máximo. Depois comer coisas com cheiro. Roncar. Outros mais além do pior que é fumar. Esse im mal mortal, onde percebemos a fraqueza de alguns, a cada parada uma descida para um fumo. Ou pessoas que se trancam no banheiro para fumar achando que o ar condicionado do espaço não irá espalhar o cheiro pelo resto do ambiente. Ledo engano.
Usar o espaço público com bom senso é uma arte, de treino diário. Viajar é uma oportunidade de treinar a nossa tolerância e aprender o que não fazer para o próximo. Louvável quem viaja e passa desapercebido. Boa viagem!