Somos seres complexos, desde o nascimento vamos formando nossa identidade, muito dela relacionada ao ambiente familiar, porém não somente, pois o ambiente que você interage ao redor também te influencia e forma a tua personalidade. Nesse meio tempo, você conhece pessoas, criar amizades e laços afetivos.
Nem todos irão se manter na tua caminhada, grande parte vai se tornando parte do passado. Como dizem os budistas, que a vida é como uma grande ponte, onde você inicia a caminhada com muitas pessoas e essas, vão ficando pelo caminho e você vai encontrando outras, e assim por diante.
Os afetos verdadeiros, das pessoas que ficam pelo caminho, tornam-se parte da nossa memória. E um pouco do que elas eram, a forma delas viverem e pensavam, tornam-se um pedaço de nós. Todavia, o que vale é o momento presente, onde estamos e como fazemos as coisas, vai determinar o nosso futuro.
Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós. (Antoine de Saint-Exupéry)
Então chego ao ponto que quero expressar minha opinião sobre esse “pouco” que deixamos na vida dos que passam. Acredito que a cada etapa da vida, precisamos exigir mais de nós mesmo espiritualmente, fisicamente, intelectualmente e em todas as áreas. Sair da zona de conforto e mudar constantemente para melhor, corrigindo defeitos e gerando sinergia. Procurando dar valor as pessoas, e não as aparências e se baseando nos bens materiais. Quando procuramos melhorar a cada etapa para termos a certeza que as pessoas que um dia passarem pela nossa vida, irão receber algo bom nosso. E para os que temos afeto (amor), que levem um pouco mais de nós, de verdade.
"Cada pessoa que passa pela nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas há os que não deixaram nada. Essa é a prova evidente de que duas almas não se encontram por casualidade. A verdade é que ninguém passa por nossa vida em vão. A diferença é que algumas pessoas são possibilidades de felicidade, outras de lições." (Autor desconhecido)
Claro, isso é uma visão baseada em pessoas que se importam com o próximo, se preocupam com o bem estar dos que convive. Não podemos levar em conta aqueles que por algum transtorno social, patologia, ou apenas, antipatia com os próximos, não dão a mínima para deixar uma lembrança (boa ou má). Também não tem a ver com importar-se com o que os outros pensam de você, tem sim a ver com o que você pode devolver ao Universo e doar aos que caminham na mesma ponte, para estes serem pessoas mais felizes.
São raras as pessoas que têm a capacidade de nos fazer sorrir só pelo fato de estarem ao nosso lado. E são para essas pessoas que devemos reservar um espaço dentro do nosso coração. Quando você deixa um pouco de você em cada um que convive, que saiam melhores de quando chegaram. E que você consiga receber o mesmo e levar boas lembranças dos que acrescentaram na sua vida.