
As dores mais comuns são físicas, causadas por acidente ou doença. Muitas dessas já possuímos medicamentos adequados, tratamentos ou ainda intervenção cirúrgica. Existe também a dor crônica, chamada fibromialgia, ocorre em várias partes do corpo e nem sempre encontra-se uma explicação. Então chegamos as dores da alma, do espírito ou os mais românticos diriam: as dores do coração.
Algumas pesquisas das quais não lembro a fonte agora, dizem
que pessoas entrevistadas preferiam ter uma dor física que psicológica. Em
estado mais grava a dor pode se tornar algo chamado “síndrome da conversão”
onde a pessoa apresenta sintomas graves físicos e feitos exames médicos não
aparece nada. A coisa é tão séria e tão comum que as estimativas são de que
pelo menos 25% da população mundial experimentou ou vai experimentar os
sintomas dessa síndrome. Esse processo acontece de forma inconsciente, quando a
pessoa passa por algum trauma ou questão psicológica ou de transtorno de
temperamento, e o corpo paga.
Para tratar disso temos a terapia com psicólogos ou
psiquiatras, que podemos orientar o indivíduo a focar em coisas boas da sua
vida e procurar trabalhar os traumas e quedas, comuns durante uma existência. Descobrir
se existe uma depressão em curso ou algo mais grave.
Ainda assim, a dor emocional é terrível. Alguns dizem que
com o tempo passa ou chamam de frescura, mesmo assim cada pessoa sabe o que dói
na sua mente e
o que transfere para o seu corpo. Muitas vezes é a culpa, outras
tantas é a decepção, dúvidas e imaginação de um futuro que nunca haverá (no
caso de rompimentos amorosos ou doenças fatais). A dor psíquica deixa profundas
marcas e uma das maneiras de suportá-la e fortalecendo o seu organismo. Se
alimentando com qualidade, fazendo atividades físicas, mudando hábitos,
procurando amigos e familiares e sendo sincero sobre o que está passando. Pensar
apenas no dia que está vivendo e empenhar-se ao máximo para esse dia,
procurando não lembrar do passado ou faltas e deixando o futuro para outro
momento também é uma forma de irradiar energia positiva para o seu corpo.
Todavia, a dor faz parte da nossa vida. Alguns conseguem ter
mais tolerância, desenvolvem ferramentas para absorver choques, rompimentos e
perdas. Outros são balançados como um pequeno barco numa tempestade de oceano.
Se a dor psíquica for insuportável pode levar a casos fatais como o suicídio ou
a busca de mais dor através de mutilações. Somente pessoas com distúrbios psiquiátricos
ou transtornos da personalidade para ignorar a dor e usar mecanismos de enganar
a si mesmo.
Mesmo que a dor exista, você precisa lidar com ela. Precisar
observar-se e deixar aquilo sair da sua mente, do seu corpo. Tudo ao redor
parece bem, ainda assim, a dor pode ser silenciosa e te acompanhar pelo resto
da vida, cabe a você optar se vai carregar esse fardo ou dar um ponto final ao
que te dói.
De qualquer maneira, a dor nunca é agradável e jamais deve ser a
sua companheira. Não nascemos para conviver com a dor e a nossa natureza é
bondosa, sendo que a dor acaba tornando uma pessoa em amarga e sem valores de gratidão e generosidade.
O sofrimento faz parte da vida, a dor também. A mente é uma
poderosa ferramenta a ser trabalhada. A combinação de boa vontade para aceitar
a dor e treinamento mental são fatores chaves para que o impacto da dor em
nossas vidas seja reduzido. Use-os a seu favor.
Sim, é difícil, mas vai passar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário