terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Convívio familiar

Durante o ano, na correria do dia-a-dia não temos muito tempo de conviver com as nossas famílias. Na época de natal e ano-novo isso ocorre com mais frequência. Podemos observar algumas coisas, entre elas as mudanças dos nossos entes queridos, tanto física quanto de comportamento.

"- É a idade chegando..." diriam alguns. Concordo.

Tenho poucas chances de convívio direto com meus pais. Moramos em apartamentos separados e ainda que próximos físicamente, temos rotinas diferentes. Quando vamos para praia juntos no final de ano temos essa chance de conviência.

Não é fácil a adaptação a esse novo quadro. O que justifica isso? o amor.

Quer dizer que eles são pessoa horríveis de se conviver? claro que não! Porém cada um de nós tem as suas manias e idiossincrasias (do grego “temperamento peculiar”, composto de “peculiar” e “mistura”). Eu me incluo completamente nisso. Ainda assim eu pareço feliz, com o conjunto da convivência e isso só pode acontecer com a minha maturidade.

Percebo que gosto de sentir a presença do meu pai por perto. Me transmite algo como uma segurança. Parece algo que remota a minha infância, quando ele era a minha máxima referência. Durmo melhor, sabendo que eles estão pertos. Minha mãe, quando ela fala comigo, conversa...escuto a voz dela e aquele tom me acalma. Seria como um tom natural que venho escutando desde a mais terna idade e que é fácil de ser distinguido de outros sons. A voz dela conversando, é como uma música. Nas poucas vezes que viajamos juntos e eu de passageiro, durmo no banco de trás escutando a voz dela.

Seriam mais uma vez os detalhes, que me acompanham.

Claro que existem as pequenas rusgas. Sempre há. Todavia consigo ver os aspectos positivos na conviência e extrair o melhor. Percebo um pouco da minha história e um pouco de como eu sou e de onde vem a minha educação. Percebo como é bom estar em "casa" em família.

Afinal, não somos o que dizemos ser e sim o que queremos ser e de onde viemos. Como diria minha querida mãe em mais um dos seus ditados: "- quem sai aos seus, não degenera."

É...tenho muito que aprender ainda...

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